NA PROGRAMAÇÃO DO MS EM CENA ESPETÁCULOS TRAZEM CANTIGAS E TRADIÇÕES DO TEMPO DA VOVÓ


Dois espetáculos que seguem hoje no MS EM CENA relacionam com o que está dentro de nós e o que passou.
15h
“UTABELINQUES” (Módulo Fomento)
Cia de Teatro UTA – Salto de Pirapora/SP
Local: Anfiteatro da UFMS – Unidade I                        Gênero: Infantil
Direção: Jane Kastorsky                                    Classificação: 4 Anos
Elenco: Diai Rodrigues, Eliza Santana, Laís Quilles, Leandro Freitas, Midiã Souza, Rômulo Guerra, Soraya Santana, Thaynara Souza, Wesley Fóes, Yara Batista
Iluminação: Felipe Norris                          Cenário: Dorival De Souza
Figurino Aurea Almeida E Jane Kastorsky         Duração: 60 Minutos
RELEASE: Utabelinques – são histórias da Cia. de Teatro “Uta” misturadas às histórias lidas e adaptadas pelo grupo, da consagrada escritora – Tatiana Belinky.  Nhô Totico e Nhô Bentico – personagens fictícios construídos a partir da imagem do homem do campo e do universo “clownesco”, brincam com expressões utilizadas por nossos avós e algumas que permanecem entre nós até os dias de hoje. “O orgulho de ser caipira” é representado através de Teatro de Animação, Cururu, Catira entre outros elementos deste MUNDÃO ABERTO SEM PORTEIRA.
SINOPSE: Utabelinques – são histórias da Cia. de Teatro “Uta” misturadas às histórias lidas e adaptadas pelo grupo, da consagrada escritora – Tatiana Belinky.  Nhô Totico e Nhô Bentico – personagens fictícios construídos a partir da imagem do homem do campo e do universo “clownesco”, brincam com expressões utilizadas por nossos avós e algumas que permanecem entre nós até os dias de hoje. “O orgulho de ser caipira” é representado através de Teatro de Animação, Cururu, Catira entre outros elementos deste MUNDÃO ABERTO SEM PORTEIRA.

20h30min
“TRAVESSIA”
Grupo Tecelagem – São Paulo/SP
Local: Anfiteatro da UFMS – Unidade I                        Gênero: Solo Narrativo
Direção: Paulo Williams                                     Classificação: 14 Anos
Elenco: Paulo Williams, Paulo Timbé, Thiago Rodrigues
Iluminação: Marcus Alem                         Cenário: Raico de Aquino
Figurino: Lelo de Souza                            Duração: 60 Minutos

RELEASE: Nesta adaptação, o Universo de Guimarães Rosa sai do campo das letras para estimular nossa memória.  Baseado nos contos reunidos em “Sagarana” e “Primeiras Estórias”, o espetáculo aborda a experiência de um vaqueiro que parte levando uma boiada, em uma travessia pelo sertão. No meio da travessia, vai contando suas estórias, seus medos, suas dores, seus amores. Segundo Guimarães Rosa, o sertão é o símbolo do Universo, “O sertão é o terreno da eternidade”, diz ele. “O sertão é dentro da gente”. É no sertão que se depara abertamente com os paradoxos desse universo, com seus mistérios traduzidos em realidade.  Na definição que Guimarães tem de homem do sertão cabem muitos exemplos: Goethe, Dostoievski, Tostói, Balzac, todos “nasceram do sertão” porque conhecem os vazios da alma, os descampados do mundo, a profundidade da solidão humana. O ator e diretor Paulo Williams foi buscar nesta fonte os elementos com os quais construiu o espetáculo Travessia. Para ele, o espetáculo “Travessia” tem sido uma descoberta, uma porta.  Desde a pesquisa, a seleção dos contos de Guimarães Rosa, a atmosfera de suas estórias, a aridez de seus personagens, e a transposição do profano ao sagrado, toda a composição do espetáculo busca refletir a estética do autor, a mistura entre o erudito e popular que se expressa na sonoridade do espetáculo. Segundo Paulo Williams, o grupo buscou uma linguagem de encenação que pudesse servir de ponte entre a obra de Guimarães Rosa e o trabalho do ator. O teatro narrativo foi o caminho encontrado desde os objetos cênicos ao corpo do ator.
SINOPSE: Baseado nos contos reunidos em Sagarana e Primeira Estórias, obras do escritor GUIMARÃES ROSA, “Travessia” é um monólogo que se desenvolve a partir da narrativa de um contador de causos. A estória se ambienta no sertão de Minas Gerais, de onde um grupo de vaqueiros parte para uma travessia conduzindo sua boiada. A paisagem do sertão se revela como a metáfora do mundo, do infinito tornando-se a extensão do universo natural, e o boi como o símbolo do homem, da terra. O espetáculo transita no universo da oralidade, dos ritos, das cantigas e tradições, encontrando nesses elementos a força do sagrado.

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